Você já se sentiu como se fosse uma fraude ou tem aquela sensação constante de fracasso, ainda que receba elogios sobre seus esforços? Então, talvez, seja hora de você conhecer a síndrome do impostor.
Esse é um quadro definido pelo desmerecimento dos próprios talentos e capacidades, seja na vida profissional, acadêmica ou em qualquer outro setor da vida.
Ou seja, ainda que a pessoa seja bem-sucedida, tire boas notas ou tenha sucesso em algo, ela não consegue sentir orgulho de si mesma e associa suas conquistas a sorte ou ao acaso.
Embora não tenha gênero, a síndrome do impostor afeta mais mulheres do que homens. Segundo especialistas, isso ocorre por questões culturais patriarcais e machistas.
Desigualdade de direitos e oportunidades, diferença de salário, opressão, inferiorização e objetificação: tudo isso impacta no que se refere à autoestima da mulher.
Sobrecarregadas com tantos papéis, elas, além de terem que se desdobrar para dar conta de tudo, ainda precisam provar que merecem ser reconhecidas - tanto socialmente quanto no meio corporativo.
E, quando são, finalmente, valorizadas, devem fazer ainda mais para que possam permanecer onde estão. Ou seja, é um ciclo vicioso e exaustivo.
Quem convive com o quadro costuma sofrer com ansiedade, frustração e angústia. E quando não tratado, ele pode ter diversas consequências na saúde mental.
Uma pessoa que sofre com a síndrome do impostor pode procurar ajuda psicológica e afetiva, com o intuito de reestruturar suas emoções e aprender a se reconhecer como capaz e suficiente para si mesma.
Alguns hábitos diários também podem ajudar na luta contra a autossabotagem, como listar as próprias conquistas e aprender a ser um pouco mais gentil consigo mesmo.