A queda na vacinação contra a poliomielite no Brasil vem preocupando as autoridades sanitárias e já levanta o alerta.
Informações recentes do Ministério da Saúde indicam que a cobertura vacinal contra a pólio foi de apenas 67% em 2021 - atingindo o menor patamar desde 2018 (89%).
Desde 2020, o Brasil não atinge a meta de cobertura vacinal do Plano Nacional de Imunização. O ideal é fechar essa cobertura acima de 90%.
Diante do cenário, o Brasil foi classificado, pela Organização Panamericana de Saúde (Opas), como de alto risco para a volta da doença conhecida pela paralisia total ou parcial dos membros inferiores.
Além da vacinação contra a poliomielite infantil, a vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola (pela vacina tríplice viral) também registrou queda.
Um dos motivos, segundo especialistas, é a própria pandemia de COVID-19. Mas não é a única culpada.
O movimento antivacina e a disseminação de fake news sobre o tema também podem explicar essa redução.
Atualmente, a única forma de prevenir a poliomielite é pela vacinação. Hoje, existem dois tipos de imunizantes:
- Vacina Oral Poliomielite (VOP): bivalente e oral (gotinha) com o vírus vivo enfraquecido.
- Vacina Inativada Poliomielite (VIP): trivalente e injetável com partículas inativas do vírus da pólio.
A campanha de vacinação da pólio é anual e deve ser iniciada aos 2 meses de vida, com mais duas doses aos 4 e 6 meses (VIP), além dos reforços entre 15 e 18 meses e entre 4 e 5 anos de idade (VOP).